DIREITOS HUMANOS E
ATUALIDADES NO PRÉ-CARNAVAL DE BEBERIBE
A
campanha “Folia, folia! Consciência e alegria!” e o Educarfolia fazem a festa
de Beberibe.
No dia 5 de
fevereiro, a prefeita de Beberibe, Ceará, a Sra. Michele Cariello Queiroz, realizou
a abertura oficial da campanha do pré-carnaval pelos direitos da criança e
adolescente, com o tema “Folia, folia!
Consciência e alegria: uma campanha em defesa dos direitos das crianças e dos
adolescentes”. O objetivo da campanha – que tem sua continuidade após o período
momino, é sensibilizar a população para os problemas que afetam as crianças
e os adolescentes no carnaval, em especial o consumo de álcool e outras
drogas, a exploração sexual e o trabalhoinfantil. Além disso, a campanha visa incentivar a denúncia e inibir a
concretização do crime e dar continuidade às políticas públicas locais iniciadas
em 2013.
A sensibilização
do problema e o combate ao trabalho infantil, por exemplo, foi destaque em
2013, através de programas como o AGRINHO e o PETECA (Programa de Educação contra
a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente), e com a criação da
Comissão Municipal pela Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao
Trabalhador Adolescente (CMETI), e do FETIBE, o fórum municipal com o mesmo
objetivo. O Programa Agrinho, que ocorre nas escolas da zona rural, é fruto da parceria
com o SENAR-AR/CE, enquanto o PETECA, que envolve todas as escolas de Beberibe,
tem sua origem na parceria com o Ministério Público do Trabalho (Projeto MPT na Escola).
Na noite do
dia 10 de fevereiro, a campanha foi apresentada à Câmara Municipal pela
professora Lucelena Honorato e por Débora Carneiro, da SASC (Secretaria de
Assistência Social e Cidadania). Alguns atores do desenvolvimento da campanha,
além dos adolescentes, prestigiaram o momento, como Karoline Castro (pelo
CMDCA), Luciana Lima (pela SASC) e professor Onésimo Remígio, como representante
da Secretaria Municipal de Educação, e como articulador municipal do PPAC – Programa
Prefeito Amigo da Criança, e dos Programas Agrinho e PETECA.
Como grupo
que deve ser protegido e cujos direitos estão assegurados pela Constituição
Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), pensou-se em
mobilizar a população para que compreenda o seu papel na proteção às crianças e
aos adolescentes, e que os mesmos jovens compreendam os riscos a que estão
expostos em períodos como o carnaval. Trata-se, portanto, de campanha
educativa, de caráter intersetorial, tendo como principais responsáveis os
membros da Comissão Intersetorial pelos Direitos da Infância e Adolescência, as
articulações municipais do Selo Unicef e do Programa Prefeito Amigo da Criança,
o CDMA (Conselho Municipal em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente),
o Conselho Tutelar e várias secretarias municipais (Educação; Assistência
Social e Cidadania; Saúde; Esporte e Juventude; Turismo e Cultura), e a
Coordenação do PETECA.
A campanha teve
início na sede municipal e nos Distritos através de ações educativas, dentre
outros: oficinas, teatro, vídeos, palestras, músicas, confecção de cartazes e de
alegorias e fantasias voltadas para as temáticas. A finalização foi na sede
municipal, no dia 21 de fevereiro, com a apresentação de um bloco de carnaval,
no Projeto Educarfolia, com a
presença dos secretários, técnicos, diretores e coordenadores das escolas
municipais, estaduais e particulares, além de adolescentes e integrantes de órgãos
de defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Após o carnaval, as ações
continuam através dos vários programas ligados direta ou indiretamente à
temática, dentre os quais o PETECA, o Agrinho, o Mais Educação e o PSE
(Programa Saúde na Escola).
Educarfolia:
educação, festa e magia
pelas ruas de Beberibe.
A magia desfilou nas ruas de Beberibe, no Ceará. O Educarfolia, promovido pelo Governo Municipal, resgatou parte da magia dos antigos carnavais ao trazer, da sala de aula para as ruas, tradições quase esquecidas. Os blocos culturais apresentaram os temas e sambas-enredos trabalhados nas atividades escolares, a partir dos quais criaram coreografias, fantasias e adereços, contribuindo fortemente para o renascimento de um carnaval de rua que evoca não só a promoção da cultura e da tradição, mas que também pede paz e diversão consciente e que chama a atenção para problemas bem atuais, como o trabalho infantil, a violência contra a mulher, a exploração sexual, os cuidados com o meio ambiente e o uso de álcool e outras drogas. Foi assim, unindo o tradicional com o atual, a alegria com os problemas diários, que mais de 1.100 (mil e cem) foliões, cercados por grande multidão, fizeram das ruas de Beberibe o palco de uma festa memorável.
A abertura
foi realizada com a apresentação da Escola
de Samba Unidos da Paripueira e escolas municipais daquele distrito, com
destaque para a riqueza de cores e animação. Seguiu-se um conjunto de escolas
dos distritos do sertão beberibense (Forquilha, Serra do Félix e Itapeim),
cujos temas abordaram a mulher, o trabalho infantil (uma bela apresentação da
Escola Municipal Maria Clemente, do Medeiros), a reciclagem e a cultura
nordestina – especialmente a cearense, com coreografias e ritmos envolventes. Ao
perceberem a grandiosidade do desfile, as pessoas preencheram o Largo da Matriz
e as ruas adjacentes. As escolas da região de Sucatinga, por sua vez, buscaram
no litoral, no cordel, nos escritores cearenses e nas festas tradicionais de seu
distrito a tônica das suas apresentações, o que proporcionou um “show” de alegria e um passeio pela história
de Beberibe.
As escolas que
integram a sede municipal presentearam ao público com um desfile bonito e
grandioso, tendo por objeto o mar e as antigas marchinhas de carnavais – e aqui
uma nota de elogio para a Escola José Bessa, do Morro Branco, e para a Escola
Desembargador Pedro de Queiroz. Mas os temas dos blocos também variavam e teve
escola cantando a educação ambiental, a copa do mundo, a educação para o
trânsito e o Projeto Com Amor.
O fechamento do desfile foi conduzido pelo bloco “Folia, folia! Consciência e alegria”, e lembrou os tradicionais bailes carnavalescos, com direito a máscaras, trenzinhos e alegorias, porém centrando sua apresentação numa proposta de sensibilização do público para problemas que afetam nossas crianças e adolescentes nesse período: o trabalho infantil, a exploração sexual e o álcool e outras drogas.
O
Educarfolia, pré-carnaval idealizado pelos Núcleos Pedagógicos (Sociedade e
Cultura, EJA e Língua Inglesa) da SME, foi uma realização da Prefeitura de Beberibe,
através de um verdadeiro trabalho de equipe, que envolveu: as secretarias e
órgãos municipais (Educação; Saúde; Assistência Social e Cidadania;
Planejamento; Infraestrutura; Turismo e Cultura; Esporte e Juventude; ASCOM –
Assessoria de Comunicação; e, Comutran); as escolas das redes particular (Colégio
Vicente Dourado), e públicas municipal e estadual (EEM Ana Facó; EEEP Pedro de
Queiroz Ferreira; e, EEM Francisca Moreira); os Conselhos locais (CMDCA e
Tutelar); e, os vários projetos, programas e associações atuantes no município (Projeto
Com Amor; Selo Unicef; Selo Abrinq/Prefeito Amigo da Criança; PETECA; CMETI;
FETIBE; Programa Agrinho; PSE – Programa Saúde na Escola; Programa Mais
Educação; Jovem Guia; Primeiro Tempo; Escola de Samba Unidos da Paripueira; e,
Associação de Pescadores).
Origens do Educarfolia
A ideia de um movimento envolvendo escola e comunidade num carnaval de conscientização começou a ser gerada no início de janeiro deste ano. O grupo que reúne ações do Selo Unicef, SASC, SME, SMS/PSE, dentre outros, vinha estudando como realizar uma ação de impacto, antes do período carnavalesco, envolvendo os temas: trabalho infantil, exploração sexual e combate às drogas. Por outro lado, o professor Márcio Leandro veio com uma proposta de evento carnavalesco realizado pela Educação em outros municípios do Ceará, juntando uma "abordagem educativa" com "a folia do carnaval". Essa proposta, tomando corpo de projeto através dos Núcleos de Sociedade e Cultura, Língua Inglesa e EJA, tornou-se o Educarfolia que, após algumas alterações e a introdução de novos componentes e novas parcerias (como o Projeto Com Amor), fez acontecer o espetáculo que desfilou pelas ruas de Beberibe. A característica mais marcante desse pré-carnaval foi a identificação de cada escola como bloco temático, com grande participação das escolas estaduais e de uma escola particular.
Vale lembrar o seguinte: a Convenção dos Direitos da Criança da ONU conceitua criança como toda pessoa até os dezoito anos de idade, enquanto o direito brasileiro se refere a criança e ao adolescente. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que regulamenta o sistema de proteção integral de que trata o art. 227 da Constituição Federal (de 1988), utiliza o termo criança para a faixa etária de 0 a 12 anos e o termo adolescente para a faixa de 12 a 18 anos.
A ideia de um movimento envolvendo escola e comunidade num carnaval de conscientização começou a ser gerada no início de janeiro deste ano. O grupo que reúne ações do Selo Unicef, SASC, SME, SMS/PSE, dentre outros, vinha estudando como realizar uma ação de impacto, antes do período carnavalesco, envolvendo os temas: trabalho infantil, exploração sexual e combate às drogas. Por outro lado, o professor Márcio Leandro veio com uma proposta de evento carnavalesco realizado pela Educação em outros municípios do Ceará, juntando uma "abordagem educativa" com "a folia do carnaval". Essa proposta, tomando corpo de projeto através dos Núcleos de Sociedade e Cultura, Língua Inglesa e EJA, tornou-se o Educarfolia que, após algumas alterações e a introdução de novos componentes e novas parcerias (como o Projeto Com Amor), fez acontecer o espetáculo que desfilou pelas ruas de Beberibe. A característica mais marcante desse pré-carnaval foi a identificação de cada escola como bloco temático, com grande participação das escolas estaduais e de uma escola particular.
Vale lembrar o seguinte: a Convenção dos Direitos da Criança da ONU conceitua criança como toda pessoa até os dezoito anos de idade, enquanto o direito brasileiro se refere a criança e ao adolescente. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que regulamenta o sistema de proteção integral de que trata o art. 227 da Constituição Federal (de 1988), utiliza o termo criança para a faixa etária de 0 a 12 anos e o termo adolescente para a faixa de 12 a 18 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário