A REALIDADE É UM QUEBRA-CABEÇA UM POUCO MAIOR...

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Blogue de assuntos variados: sociedade, cultura, história, atualidades...

terça-feira, 17 de junho de 2014



CONCURSO DA CONAB


A Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB, empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura, retificou o edital do seu concurso para o provimento de mais de 200 vagas e formação de cadastro reserva em 12 áreas de formação. O certame está sendo executado pelo IADES.
Em virtude de alterações no edital, as inscrições deste concurso foram alteradas para o período de 09 a 22 de junho de 2014 e devem ser realizadas exclusivamente no endereço eletrônico http://www.iades.com.br. A taxa de inscrição é de R$ 46,00.
Os selecionados e contratados poderão ser lotados em uma das unidades da Conab distribuídas pelo território nacional. O salário base para o cargo de Analista é de R$ 5.112,07 por jornada de trabalho de até 44 horas semanais.
As vagas oferecidas se destinam a graduados em áreas como Administração (76), Contabilidade (38), Direito (16+CR), Economia (22+CR), Engenharia Agrícola (10+CR), Engenharia Agronômica ou Agronomia (52+CR), Engenharia Civil (1+CR), Engenharia Elétrica (1+CR), Engenharia Mecânica(1+CR), Gestão do Agronegócio (2+CR),  Auditoria (CR) e Comunicação Social (CR).
O edital prevê que as provas serão realizadas em todas as capitais estaduais e no Distrito Federal. A previsão da confirmação do local e horário dessas provas será dada a partir de 14 de julho de 2014.
O edital e demais atualizações encontram-se disponíveis nos endereços eletrônicos http://www.iades.com.br e www.conab.gov.br, bem como no Diário Oficial da União.


FONTE: http://concursosnobrasil.com.br

domingo, 15 de junho de 2014

AMAR É BOM E FAZ BEM.


AMAR FAZ BEM 
AO CORAÇÃO 
À VIDA


                                                                                                                                                                                                          por Onésimo Remígio



Gostar é bom, amar é muito melhor. Amar é bom e faz bem. E muito. O amor, o sentimento mais exaltado por poetas, por cantores e por um inumerável exército de apaixonados, talvez seja o elixir da cura milagrosa: segundo especialistas, o bem estar que o amor provoca não é só psicológico, mas também físico. Amar é um remédio que não custa caro, é eficiente e depende da felicidade, pois ser feliz faz bem ao coração e fortalece o sistema imunológico. Claro que podemos ter ansiedade, taquicardia, sudorese, falta de vontade de alimentar-se, mas isso acontece por conta de reações químicas – isso mesmo, o amor é química: o cérebro produz em grande quantidade dois hormônios chamados dopamina e norepinefrina.


Tem dicionário que define o amor como o sentimento de gostar muito de outra pessoa ou coisa, de forma a querer e fazer o bem para essa pessoa, ser vivente ou mesmo coisa. No dicionário Aurélio, as definições esclarecem bem o sentido de amor: sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem; sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro, ou a uma causa; inclinação ditada por laços de família; inclinação sexual forte por outra pessoa; apego profundo a valor, coisa, ou animal...; devoção extrema...


Ou seja, o amor é um sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atração. Do ponto de vista científico, o amor ativa no cérebro a produção das substâncias que dão uma sensação de conforto – o que é capaz de diminuir o negativismo diante da vida, trazendo alívio e segurança. Já do ponto de vista filosófico, a temática do amor é comum a muitos pensadores. Para eles, o amor é a base fundamental das relações humanas e da vida em sociedade. Uns sustentaram a existência do amor como valor positivo, humano, outros condenou o amor a uma realidade ilusória, e outros numa dimensão divina. Em resumo, em todas as eras, línguas e pátrias o homem refletiu sobre o amor.


Para o filósofo ateniense Platão (o amor ao bem e à beleza), o amor liberta o ser humano e o leva à verdade e lança uma ponte entre o universo sensível e o universo puramente inteligível. Para o egípcio Plotino (o amor é desejo inesgotável), o amor purifica e eleva o ser humano. No pensamento do africano Santo Agostinho (o amor é tudo), somente o amor é capaz de explicar a vida da alma e a sua possibilidade de se elevar ao conhecimento unitivo de Deus. Já Boaventura de Bagnoregio (o amor é a verdadeira sabedoria), o amor é a força que dá ao ser humano a capacidade de elevar-se a Deus, tornando possível uma verdadeira aproximação a Deus. E quando amamos, afirma Tomás de Aquino (amar a Deus para amar o próximo), amamos a Deus. 




Na concepção de Marsílio Ficino (o amor é furor divino), o amor tem uma dimensão cósmica e dá à alma humana a capacidade de unir-se a Deus. Para Baruch Spinoza (o amor é intelectual e gera alegria) o amor é o pleno conhecimento da verdade que faz o ser humano totalmente feliz. Para o suíço Jean-Jacques Rousseau o amor é filho da natureza e da liberdade, e para Friedrich Schleiermacher, filósofo alemão, o amor une o finito ao infinito. Já no pensamento de Arthur Schopenhauer, marcado por profundo pessimismo, o amor é poderoso e sabe enganar o ser humano, consegue iludi-lo, prometendo-lhe uma felicidade que jamais poderá se realizar.


E se pensadores disseram tanto sobre o amor, o que dizer de poetas, músicos e escritores. Camões, figura maior da poesia em língua portuguesa, definiu como poucos a dualidade e contradições desse sentimento: "Amor é fogo que arde sem se ver, / é ferida que dói, e não se sente, / é um contentamento descontente, /é dor que desatina sem doer". O amor não precisa de vozes consagradas para proclamá-lo, pois ele nasce no dia-a-dia das pessoas, às vezes fruto de um simples sorriso. Um poeta repentista, possivelmente Oliveira de Panelas, ou Pinto do Monteiro ou Antonio Pereira, “tirou” estes belos versos: “O amor é um parafuso / que quando na rosca cai, / só entra se for torcendo / porque batendo não vai, / e se enferrujar por dentro / pode quebrar mas não sai”. E para os amantes da música, o amor enche taças!


"O amor é um coquetel que
vira a cabeça de qualquer um".
O amor é um coquetel que, literalmente, “vira” a cabeça de qualquer um! A professora e psicóloga Stephanie Ortigue, da Syracuse University, de Nova Iorque, EE.UU.AA, divulgou uma pesquisa mostrando que o amor provoca nas pessoas uma sensação de bem-estar tão intensa, que é capaz de ativar a produção de serotonina, oxitocina, endorfina e vasopressina, substâncias importantes para ativar o bom-humor. Segundo ela, “o amor, de um modo geral, faz com que o nosso corpo libere determinadas substâncias químicas relacionadas ao bem-estar, que desencadeiam reações físicas específicas e benéficas à saúde”.


Ao tratar de saúde e bem-estar (no site saude.pt.msn.com), a Dra.  Doroteia Silva , médica cardiologista, fala (em entrevista a Carla Mateus), que a relação entre a saúde do coração e o amor é íntima – tal como se quer quando se vive um romance. Quando amamos, quando estamos apaixonados, também nos sentimos mais confiantes e dispostos. Na mesma reportagem, peritos dizem que “as pessoas que amam, que possuem uma vida harmoniosa e cercada de amigos, vivem mais e melhor”. É o que explica a psicóloga Filomena Pizarro Sousa: “a experiência de vivenciar amor, sendo este uma emoção positiva, parece ter um efeito preventivo na saúde. (...) Por outro lado, segundo estudos mais recentes, as próprias emoções positivas parecem ter um efeito direto sobre a saúde, nomeadamente fortalecendo o sistema imunitário”.


Assim, de “acordo com a ciência, não se trata de uma pílula mágica, mas o amor tem a capacidade de reduzir o stress, a ansiedade e a depressão – três importantes fatores de risco para a saúde cardiovascular –, ao mesmo tempo que fortalece o coração. A sensação gerada pela atitude amorosa é particularmente benéfica para o coração, pois o organismo liberta hormonas – as chamadas endorfinas – que proporcionam sensação de bem-estar, prazer e alegria”, o que diminui o risco de depressão e controla a ansiedade e o stress, os grandes vilões que causam doenças cardiovasculares.


Uma pesquisa realizada pelo Hamad Medical Corporation – Heart Hospital, localizado de Boston, nos EE.UU.AA, “demonstrou que homens e mulheres viúvos ou solteiros acima dos 60 anos possuem um maior risco de sofrerem algum problema cardíaco. A investigação apontou também que as pessoas casadas, ou que se encontram numa relação estável, recuperam até três vezes mais rápido do que os solteiros ou viúvos”. Na mesma temática, a Universidade da Carolina do Norte, também nos Estados Unidos, investigadores apuraram que “um abraço de alguém que se ama é melhor do que qualquer comprimido para a hipertensão. Este gesto, tão simples, ajuda a tensão arterial a entrar nos níveis considerados saudáveis sem que seja necessário recorrer a um medicamento”.


O amor ainda pode ser uma forte de longevidade: quem ama e é amado, vive mais e melhor. O sexo, por sua vez, apresenta um efeito protetor para o coração. Além de ser um exercício de intensidade moderada, “a atividade sexual conjugal regular também traz uma série de benefícios, como a diminuição do stress físico e emocional, a estimulação do sistema imunológico e a redução do risco de doenças cardíacas”, sublinha a cardiologista Doroteia Silva. E, pela ciência, sempre se ganha com amor, pois ele é uma via de mão dupla: ganha ao se dar e ao se receber.


O amor, como todo remédio, pode ter reações adversas e contraindicações, no caso, a desilusão amorosa. Quem perde uma pessoa querida ou termina um relacionamento pode ter a chamada síndrome do coração partido ou miocardiopatia de Takotsubo, descrita pela primeira vez por médicos japoneses, no início dos anos 1990. É um problema desencadeado por um stress intenso físico ou emocional, que leva ao aparecimento de sintomas semelhantes ao enfarte agudo do miocárdio: dor no peito, falta de ar ou desmaio, podendo trazer sérios riscos à saúde física.


É o que explica o médico e diretor científico da Associação Mineira de Medicina Psicossomática, Dr. Geraldo Caldeira (em www.canalminassaude.com.br), sobre a possibilidade de uma pessoa adoecer pelos excessos com esse sentimento, o amor. Há pessoas que, após términos de relacionamentos, ficam tão abaladas que isso se manifesta em alguns problemas também físicos. Para essa situação, pode-se dizer, conforme Caldeira, que se trata de um adoecimento psicossomático. “A vivência depressiva diminui a ação do sistema imunológico e dos neurotransmissores do humor. Com isto, o indivíduo pode ficar vulnerável a doenças ou sofrer o que se chama de ‘depressão somatorforme’ com várias queixas corporais, às vezes sérias”, caracteriza.


A boa notícia para quem sofrer esse “mal do amor”, segundo Doroteia Silva, é que, na maioria dos casos, a evolução é reversível e com recuperação completa da função cardíaca em poucas semanas. Os sintomas devem ser levados a sério e “para se confirmar este diagnóstico é preciso excluir sempre as causas mais comuns de dor no peito, nomeadamente, o enfarto agudo do miocárdio por oclusão de uma artéria coronária, que tem um tratamento absolutamente diferente”. Mas no final, cura-se o mal do amor amando, amando muito!


Existem vários tipos de amor: o amor entre casais apaixonados, o amor entre pais e filhos, o amor de irmãos, o amor entre amigos, o amor pelos animais de estimação e muitos outros. E todos eles fazem bem ao coração. Amigos, família, colegas e a comunidade a que as pessoas pertencem e com/partilham de alguma forma de amor ou intimidade protegem contra doenças infeciosas e retardam os efeitos do envelhecimento. Para Filomena Pizarro Sousa, “tirar um bocadinho todos os dias para verdadeiramente estar e saborear da companhia daqueles que nos são queridos fortalece os laços de amor, ternura, amizade, satisfaz as nossas necessidades sociais e afetivas, promove a qualidade de vida, a sensação de bem-estar, a saúde do coração e do corpo em geral”. No final, como diz um hino cristão: O amor é tudo! Feliz é quem ama!


"O amor faz transformações químicas no corpo. Ele provoca a liberação de hormônios que dão energia, disposição e a sensação de alegria", revela o psicólogo Ailton Amélio da Silva (em mdemulher.abril.com.br/bem-estar), doutor em psicologia e professor de Relacionamentos Amorosos e Comunicação na USP. Segundo o especialista, o amor correspondido deixa a pessoa: mais bonita; mais motivada; cheia de energia; com objetivos na vida; calma, relaxada e otimista.


O amor faz bem ao coração e ao corpo porque a pessoa que ama tem mais autoestima e cuida mais de si mesma, pratica exercícios físicos, e com isso evita doenças cardiovasculares. Também se preocupa com a saúde, vai ao médico regularmente e tem motivação para continuar uma dieta, por exemplo. Tem mais disposição para sair, passear, namorar. Pensa na aparência, cuida do cabelo, usa maquiagem.


Pequenas e grandes coisas podem fazer o amor ser duradouro, para sempre ou “eterno enquanto dure”, como diz Vinicius de Moraes. Sem dúvida, se não for uma aventura, o melhor é ter uma pessoa com a qual se sinta bem, alguém com quem tenha prazer de conversar. O casal deve fazer o possível (e o impossível, por que não?) para manter o interesse entre ambos aceso, em alta. E que falem de sexo e invistam em seu sentimento, sem medo de ser feliz. 



Para dar certo, nada de cultivar amarguras, ideias negativas, incertezas e dúvidas, por isso perguntar, conversar, falar sobre sentimentos, trocar carinhos é peça chave. Não se acomodar, para que a relação não fique chata é fundamental. Mesmo quando se investe num sentimento como o amor, devemos lembrar que somos humanos e falíveis... E isso pode levar a tentar tudo de novo ou a perdoar um erro da pessoa amada.





Também existem pequenos segredos que ajudam o amor a persistir no coração de um casal: buscar sempre ter uma admiração profunda pela pessoa amada; descobrir e redescobrir coisas novas entre ambos; criar e estimular uma saudável cumplicidade em quase tudo, mesmo que pareça fútil; ter ciúmes sem cair no exagero; fazer planos e dividir responsabilidades; e, claro, aposte no amor mais sexo. Se dividem um mesmo espaço, responsabilidades e a mesma cama, é nesta última que começam e terminam o dia, com amor.






Todo peito é carente e vulnerável
Mesmo tendo o orgulho como escudo
Vez em quando a saudade arromba tudo
Por dispor de um projétil indefensável
Não há olho que seja impermeável
Ás comportas da sensibilidade
Nem distância mantida como grade
Que segure um desejo apaixonado
Mesmo o peito mais forte e mais blindado
Não resiste ao disparo da saudade



Zé Adalberto do Caroço do Juá, poeta popular







ENCONTRO DE GESTORES ESCOLARES DE BEBERIBE




O ENCONTRO DE GESTORES ESCOLARES MUNICIPAIS, realizado no dia 14/06, na Lagoa Funda, foi um completo sucesso. Veja mais em Diário de Educação de Beberibe (clique aqui)

sexta-feira, 13 de junho de 2014

FESTA DO PETECA NO SÍTIO LUCAS

CULMINÂNCIA ENVOLVE 
A COMUNIDADE ESCOLAR.


A Escola Municipal Pedro de Queiroz Ferreira, do Bairro Antonio Queiroz (Sítio Lucas), realizou a culminância do PETECA, no dia 6 de junho. Veja algumas fotos dessa festa. 


PARA VER MAIS, CLIQUE AQUI

PREFEITA MICHELE QUEIROZ RECEBE PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ





A prefeita de Beberibe, Michele Queiroz, 
recebeu  o   troféu Prêmio Escola Nota Dez 
por conta do ótimo desempenho 
das escolas municipais 
no SPAECE 2013.


PARA SABER MAIS: CLIQUE AQUI

Bloguinho: CONCURSOS DO PROGRAMA AGRINHO - 2014

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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Raça Brasil | Etnia Brasileira - Quando morou fora do país, levada pela carreira de modelo, Livia Zanuty se viu diante de um problema. Questões para as quais ela não encontrava respostas a seguiam aonde quer que fosse

Raça Brasil | Etnia Brasileira - Quando morou fora do país, levada pela carreira de modelo, Livia Zanuty se viu diante de um problema. Questões para as quais ela não encontrava respostas a seguiam aonde quer que fosse.

AFRICANIDADES - RAÇA E ETNIA NO BRASIL





RAÇA E ETNIA NO BRASIL





O Brasil possui uma riquíssima diversidade étnica, racial e linguística, uma das maiores no mundo. Os brasileiros indígenas somam cerca de 400 mil pessoas vivendo em mais de 3 mil aldeias, pertencentes a 225 etnias e falando 180 diferentes línguas. Os brasileiros afrodescendentes constituem a segunda maior população negra do mundo (atrás somente da Nigéria): são 87,3 milhões de pessoas correspondendo a 48% dos habitantes do País.






De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2006, o total de crianças e adolescentes negros e indígenas soma 51% das crianças no Brasil, ou seja, cerca de 31 milhões de brasileiros com menos de 18 anos. Eles são a maioria da população brasileira com menos de 18 anos, mas são também a parcela da população mais vulnerável. Para se ter uma ideia, 50% das crianças e dos adolescentes, no Brasil, são pobres, no entanto, quando se analisa esse dado por raça/cor, meninas e meninos pertencentes aos grupos indígenas e negros são os mais pobres entre os pobres – 63% e 62% respectivamente.



É preciso assegurar que cada criança e cada adolescente, sejam eles negras, indígenas ou brancos, tenham seus direitos garantidos, protegidos e respeitados, igualmente, em todas as políticas públicas. Essas políticas devem levar em conta os valores das identidades culturais e os conhecimentos tradicionais. O UNICEF acredita que, somente vivendo e convivendo com a pluralidade, possa se construir um efetivo conceito de igualdade para nossas crianças.





Para promover a igualdade racial no Brasil, o UNICEF atua com o intuito de:

• Estimular o desenvolvimento de políticas públicas mais equitativas para a infância e adolescência;
• Desconstruir os estereótipos nos meios de comunicação e no imaginário popular ligados às populações negra e indígena;
• Promover o direito de cada criança e cada adolescente valorizar sua identidade e manter sua autoestima elevada;
• Promover a igualdade de oportunidade. 










segunda-feira, 2 de junho de 2014

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NO BRASIL


INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NO BRASIL




O Brasil possui uma população de 190 milhões de pessoas, dos quais 60 milhões têm menos de 18 anos de idade, o que equivale a quase um terço de toda a população de crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe. São dezenas de milhões de pessoas que possuem direitos e deveres e necessitam de condições para se desenvolverem com plenitude todo o seu potencial.



Contudo, as crianças são especialmente vulneráveis às violações de direitos, à pobreza e à iniquidade no País. Por exemplo, 29% da população vive em famílias pobres, mas, entre as crianças, esse número chega a 45,6%. As crianças negras, por exemplo, têm quase 70% mais chance de viver na pobreza do que as brancas; o mesmo pode ser observado para as crianças que vivem em áreas rurais. Na região do Semiárido, onde vivem 13 milhões de crianças, mais de 70% das crianças e dos adolescentes são classificados como pobres. Essas iniquidades são o maior obstáculo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) por parte do País.



O Brasil está no rumo de alcançar o ODM 4, que trata da redução da mortalidade infantil. O País fez grandes avanços – a taxa de mortalidade infantil caiu de 47,1/1.000 (47,1 por 1.000), em 1990, para 19/1000, em 2008. Contudo, as disparidades continuam: as crianças pobres têm mais do que o dobro de chance de morrer, em comparação às ricas, e as negras, 50% a mais, em relação às brancas.

A taxa de sub-registro de nascimento caiu – de 30,3% (1995) para 8,9% (2008) – mais ainda continua alta nas regiões Norte (15%) e Nordeste (20%). Aproximadamente uma em cada quatro crianças de 4 a 6 anos estão fora da escola. 64% das crianças pobres não vão à escola durante a primeira infância. A desnutrição entre crianças menores de 1 ano diminuiu em mais de 60% nos últimos cinco anos, mas ainda cerca de 60 mil crianças com menos de 1 ano são desnutridas.





Com 98% das crianças de 7 a 14 anos na escola, o Brasil ainda tem 535 mil crianças nessa idade fora da escola, das quais 330 mil são negras. Nas regiões mais pobres, como o Norte e o Nordeste, somente 40% das crianças terminam a educação fundamental. Nas regiões mais desenvolvidas, como o Sul e o Sudeste, essa proporção é de 70%. Esse quadro ameaça o cumprimento pelo País do ODM 2 – que diz respeito à conclusão de ciclo no ensino fundamental.


O Brasil tem 21 milhões de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos. De cada 100 estudantes que entram no ensino fundamental, apenas 59 terminam a 8ª série e apenas 40, o ensino médio. A evasão escolar e a falta às aulas ocorrem por diferentes razões, incluindo violência e gravidez na adolescência. O país registra anualmente o nascimento de 300 mil crianças que são filhos e filhas de mães adolescentes.


Na área do HIV/aids, a resposta brasileira é reconhecida globalmente como uma das melhores, mas permanecem grandes desafios que deverão ser enfrentados para assegurar acesso universal à prevenção, tratamento e cuidados para as crianças e os adolescentes brasileiros. A taxa nacional de transmissão do HIV da mãe para o bebê caiu mais da metade entre 1993 e 2005 (de 16% para 8%), mas continuam a existir diferenças regionais significativas: 12% no Nordeste e 15% no Norte. O número de casos de aids entre os negros e entre as mulheres continua a crescer num ritmo muito mais acelerado do que entre os brancos e entre os homens. Além disso, a epidemia afeta cada vez mais os jovens.


As crianças e os adolescentes são especialmente afetados pela violência. Mesmo com os esforços do governo brasileiro e da sociedade em geral para enfrentar o problema, as estatísticas ainda apontam um cenário desolador em relação à violência contra crianças e adolescentes. A cada dia, 129 casos de violência psicológica e física, incluindo a sexual, e negligência contra crianças e adolescentes são reportados, em média, ao Disque Denúncia 100. Isso quer dizer que, a cada hora, cinco casos de violência contra meninas e meninos são registrados no País. Esse quadro pode ser ainda mais grave se levarmos em consideração que muitos desses crimes nunca chegam a ser denunciados.



O País tem ainda o desafio de superar o uso excessivo de medidas de abrigo e de privação de liberdade para adolescentes em conflito com a lei. Em ambos os casos, cerca de dois terços dos internos são negros. Cerca de 30 mil adolescentes recebem medidas de privação de liberdade a cada ano, apesar de apenas 30% terem sido condenados por crimes violentos, para os quais a penalidade é amparada na lei.


SISU ABRE INSCRIÇÕES

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