VENHAM VER, O SHOW VAI
ACABAR...
Governar o Brasil deve ser o maior dilema de todo aquele que se propõe ser presidente. Primeiro, porque ninguém governa sozinho; segundo, no Brasil o personalismo supera o partido político.
O momento que o Brasil vive é histórico tanto quanto é encruzilhada. Sou professor de história e posso afirmar que sala de aula e vida se encaixam perfeitamente, pois é nela, na sala de aula, que o presente e o passado são apresentados como o teatro da vida.
E é verdade. A sala
de aula é um teatro de onde vemos o grande palco do mundo, onde tudo é encenado.
Acredito que o maior dilema que temos em relação ao teatro do mundo é não
sabermos o que se passa nos seus bastidores. Sim, porque é lá, por trás das
cortinas, que a verdadeira trama da vida acontece, com seus dramas, suas
comédias, suas farsas e tudo o mais.
E olhando essa esquete teatral política que estamos
vivenciando, dá para imaginar muita coisa que um dia será história. Mas sempre tem
algo que não dá para mascarar, esconder, e quanto mais se enfeita, mas feio
fica. Dou um exemplo a partir de uma manchete do jornal Folha de São Paulo, um
dos mais importantes do Brasil, publicada no dia 29/09/2014: “Bolsa cai 4% com
melhora de Dilma nas pesquisas; dólar sobe mais de 1%”. ( CLIQUE AQUI E LEIA! ).
A primeira coisa que se percebe é que a continuidade de
Dilma parece afetar a economia – eu disse pa-re-ce. Mas, afeta QUEM,
primeiramente. É aqui, a partir deste ponto, que podemos perceber que a
política acontece nos bastidores e não nos palanques. Alguém, isto é, alguns,
realmente estão sendo afetados pelo governo que aí está. Se é ligado a
economia, penso logo nos banqueiros... Interessante, pois deviam agradecer aos governos Lula-Dilma o "ressurgimento" de uma classe média com certo poder de compra para movimentar o comércio. Embora alguém diga que é um mito, essa "nova classe" média é real nos centros comerciais, shoppings e outros centros de consumo espalhados pelo Brasil a fora. ( CLIQUE AQUI E LEIA! ).
E qual o interesse dos principais veículos de comunicação em
bateram tanto nessa tecla, o medo da continuidade? São os bastidores, e se nem
tudo é conhecido, muito é suspeitado. Tem um texto que parece responder
parcialmente – ou totalmente – esta questão, cujo título é “Melancólico fim da
revista “Veja”, de Mino a Barbosa”. ( CLIQUE AQUI E LEIA! )
Como funcionário público e trabalhador sindicalizado, tenho
bastante consciência do meu voto e nenhum discurso “salvador da pátria” me
engabela ou vai esconder da minha percepção as mazelas da “proposta” de governo
que resolvi apoiar. Agora, incomoda essa ladainha de cada eleição, esse coro
orquestrado pelos que detém a maior fatia da economia brasileira. São
poderosos, e usam seu poder para dirigir o Brasil ao seu bel-prazer... ( CLIQUE AQUI E LEIA! )
A fórmula certa para governar o Brasil ainda está em
formação. Somos um país jovem com uma democracia que acabou de nascer, talvez
por isso ainda tão falha nalguns aspectos. Mas algo deve ser sempre lembrado:
há um grupo riquíssimo – vamos chamá-lo de “elite” – que tem usufruído do Brasil,
do seu povo e das suas riquezas e, dentro desse grupo, tem aqueles que de fato fazem
a política acontecer através do poder econômico.
Governar o Brasil deve ser o maior dilema de todo aquele que
se propõe ser presidente. Primeiro, porque ninguém governa sozinho; segundo, no
Brasil o personalismo supera o partido político, e isso facilita e dificulta muita coisa
– quase nada de ideologias e excesso de fisiologismo. Então, aqui, governar é
muito “jogo de cintura” para fazer a coisa (pública) andar. ( CLIQUE AQUI E LEIA! )
O problema é o preço do “jogo de cintura”! O primeiro aliado
de qualquer governo é o Legislativo. No caso que trato, é o Congresso Nacional.
E ali, acredito, tem muito lobo e bode se passando por ovelha! É dentro do Congresso
Nacional, junto aos líderes de partidos e bancadas, que ocorrerão as peripécias
que hão de definir a governabilidade do país.
Também é no Congresso que a “elite” faz o seu peso ser
sentido através dos seus deputados e senadores. Isso mesmo, a tal “elite” citada
adora fazer investimento financeiro bem rentável. E para que coisa mais
rentável do que um político defendendo os seus interesses? E aí começa o jogo
de cintura que é governar o Brasil.
Por isso eu temo pacotes mirabolantes e propostas
miraculosas, que talvez possam ser cumpridas, mas a qual custo, jeitinho ou “jogo
de cintura”, como certa proposta de um "certo" candidato – ele propõe pagarpara o jovem que voltar a
estudar”. ( CLIQUE AQUI E LEIA! ).
Pode-se dizer que nesta eleição a “elite” tem dois
representantes bem produzidos e maquiados. Um, saindo da maravilhosa terra das
Minas Gerais – estado a quem o Brasil deve momentos históricos grandiosos e
personagens marcantes – é legítimo produto da “elite” (produzido pega melhor),
e traz no discurso aquilo que a “elite” quer que seja ouvido.
A outra representante – é uma mulher – recebeu a maquiagem
perfeita dos banqueiros descontentes e da mídia ressabiada. Nada contra seu
currículo de vida, a não ser ela ter jogado fora toda uma história de superação
e ação política, satisfazendo o tal grupo – isto é, a “elite” – que a preparou
como a surpresa que vai dar certo. De fato, caso venha a ser eleita, seu
governo jamais será “meio-termo”: ou será a maior surpresa ou a maior decepção.
Daí sua campanha estar “embiocando” no quesito credibilidade...
No mais, amigos meus, digo que votem. Vão às urnas. É um
exercício que nos permite esta nossa democracia-criança, ainda tão serelepe,
tão antagônica em si mesma e ao um só tempo intensa e desconhecida para uma boa
parte dos brasileiros. Vale a pena votar por ela, pela democracia. É o melhor resposta
ao ostracismo que a ditadura civil-militar quis dar à voz do povo.
Cada campanha é um show. Caso tenha dúvidas, procure
assistir o horário eleitoral. A festa está chegando ao fim. O mais sério começa
agora. E seja qual for o seu voto, eu digo: Venha ver, o show vai acabar, mas
vamos lembrar a eles que a plateia é quem aplaude e diz se a peça deve
continuar. Boas eleições para você! E, antes que alguém pergunte, eu voto em Dilma por uma opção pessoal e consciente.