A REALIDADE É UM QUEBRA-CABEÇA UM POUCO MAIOR...

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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

VENHAM VER, O SHOW VAI ACABAR...

VENHAM VER, O SHOW VAI ACABAR...


Governar o Brasil deve ser o maior dilema de todo aquele que se propõe ser presidente. Primeiro, porque ninguém governa sozinho; segundo, no Brasil o personalismo supera o partido político.  


O momento que o Brasil vive é histórico tanto quanto é encruzilhada. Sou professor de história e posso afirmar que sala de aula e vida se encaixam perfeitamente, pois é nela, na sala de aula, que o presente e o passado são apresentados como o teatro da vida.  

 E é verdade. A sala de aula é um teatro de onde vemos o grande palco do mundo, onde tudo é encenado. Acredito que o maior dilema que temos em relação ao teatro do mundo é não sabermos o que se passa nos seus bastidores. Sim, porque é lá, por trás das cortinas, que a verdadeira trama da vida acontece, com seus dramas, suas comédias, suas farsas e tudo o mais.

E olhando essa esquete teatral política que estamos vivenciando, dá para imaginar muita coisa que um dia será história. Mas sempre tem algo que não dá para mascarar, esconder, e quanto mais se enfeita, mas feio fica. Dou um exemplo a partir de uma manchete do jornal Folha de São Paulo, um dos mais importantes do Brasil, publicada no dia 29/09/2014: “Bolsa cai 4% com melhora de Dilma nas pesquisas; dólar sobe mais de 1%”. ( CLIQUE AQUI E LEIA! ).

A primeira coisa que se percebe é que a continuidade de Dilma parece afetar a economia – eu disse pa-re-ce. Mas, afeta QUEM, primeiramente. É aqui, a partir deste ponto, que podemos perceber que a política acontece nos bastidores e não nos palanques. Alguém, isto é, alguns, realmente estão sendo afetados pelo governo que aí está. Se é ligado a economia, penso logo nos banqueiros... Interessante, pois deviam agradecer aos governos Lula-Dilma o "ressurgimento" de uma classe média com certo poder de compra para movimentar o comércio. Embora alguém diga que é um mito, essa "nova classe" média é real nos centros comerciais, shoppings e outros centros de consumo espalhados pelo Brasil a fora. ( CLIQUE AQUI E LEIA! ).

E qual o interesse dos principais veículos de comunicação em bateram tanto nessa tecla, o medo da continuidade? São os bastidores, e se nem tudo é conhecido, muito é suspeitado. Tem um texto que parece responder parcialmente – ou totalmente – esta questão, cujo título é “Melancólico fim da revista “Veja”, de Mino a Barbosa”. ( CLIQUE AQUI E LEIA! )

Como funcionário público e trabalhador sindicalizado, tenho bastante consciência do meu voto e nenhum discurso “salvador da pátria” me engabela ou vai esconder da minha percepção as mazelas da “proposta” de governo que resolvi apoiar. Agora, incomoda essa ladainha de cada eleição, esse coro orquestrado pelos que detém a maior fatia da economia brasileira. São poderosos, e usam seu poder para dirigir o Brasil ao seu bel-prazer... ( CLIQUE AQUI E LEIA! )

A fórmula certa para governar o Brasil ainda está em formação. Somos um país jovem com uma democracia que acabou de nascer, talvez por isso ainda tão falha nalguns aspectos. Mas algo deve ser sempre lembrado: há um grupo riquíssimo – vamos chamá-lo de “elite” – que tem usufruído do Brasil, do seu povo e das suas riquezas e, dentro desse grupo, tem aqueles que de fato fazem a política acontecer através do poder econômico.

Governar o Brasil deve ser o maior dilema de todo aquele que se propõe ser presidente. Primeiro, porque ninguém governa sozinho; segundo, no Brasil o personalismo supera o partido político, e isso facilita e dificulta muita coisa – quase nada de ideologias e excesso de fisiologismo. Então, aqui, governar é muito “jogo de cintura” para fazer a coisa (pública) andar. ( CLIQUE AQUI E LEIA! )

O problema é o preço do “jogo de cintura”! O primeiro aliado de qualquer governo é o Legislativo. No caso que trato, é o Congresso Nacional. E ali, acredito, tem muito lobo e bode se passando por ovelha! É dentro do Congresso Nacional, junto aos líderes de partidos e bancadas, que ocorrerão as peripécias que hão de definir a governabilidade do país.

Também é no Congresso que a “elite” faz o seu peso ser sentido através dos seus deputados e senadores. Isso mesmo, a tal “elite” citada adora fazer investimento financeiro bem rentável. E para que coisa mais rentável do que um político defendendo os seus interesses? E aí começa o jogo de cintura que é governar o Brasil.

Por isso eu temo pacotes mirabolantes e propostas miraculosas, que talvez possam ser cumpridas, mas a qual custo, jeitinho ou “jogo de cintura”, como certa proposta de um "certo" candidato  – ele propõe pagarpara o jovem que voltar a estudar”. ( CLIQUE AQUI E LEIA! ).

Pode-se dizer que nesta eleição a “elite” tem dois representantes bem produzidos e maquiados. Um, saindo da maravilhosa terra das Minas Gerais – estado a quem o Brasil deve momentos históricos grandiosos e personagens marcantes – é legítimo produto da “elite” (produzido pega melhor), e traz no discurso aquilo que a “elite” quer que seja ouvido.

A outra representante – é uma mulher – recebeu a maquiagem perfeita dos banqueiros descontentes e da mídia ressabiada. Nada contra seu currículo de vida, a não ser ela ter jogado fora toda uma história de superação e ação política, satisfazendo o tal grupo – isto é, a “elite” – que a preparou como a surpresa que vai dar certo. De fato, caso venha a ser eleita, seu governo jamais será “meio-termo”: ou será a maior surpresa ou a maior decepção. Daí sua campanha estar “embiocando” no quesito credibilidade...

No mais, amigos meus, digo que votem. Vão às urnas. É um exercício que nos permite esta nossa democracia-criança, ainda tão serelepe, tão antagônica em si mesma e ao um só tempo intensa e desconhecida para uma boa parte dos brasileiros. Vale a pena votar por ela, pela democracia. É o melhor resposta ao ostracismo que a ditadura civil-militar quis dar à voz do povo.

Cada campanha é um show. Caso tenha dúvidas, procure assistir o horário eleitoral. A festa está chegando ao fim. O mais sério começa agora. E seja qual for o seu voto, eu digo: Venha ver, o show vai acabar, mas vamos lembrar a eles que a plateia é quem aplaude e diz se a peça deve continuar. Boas eleições para você! E, antes que alguém pergunte, eu voto em Dilma por uma opção pessoal e consciente.