segunda-feira, 20 de julho de 2015
quarta-feira, 11 de março de 2015
SILICOGRAFIA, A ARTE DAS AREIAS COLORIDAS
A silicografia faz as
areias coloridas de Beberibe, no Ceará, viajarem o mundo.
Beberibe é um
município marcante. De belezas inesquecíveis, é uma terra dourada pelo sol
o no inteiro, com um mar verde-turquesa quente, convidativo e praias com um
colorido muito especial. Tem pessoa que a visita e, quando parte, leva as boas
lembranças da terra; porém uma maioria leva a recordação através da arte das
areias coloridas, a silicografia.
Falésia multicolorida. Morro Branco, Beberibe, Ceará, Brasil. |
Beberibe é a terra
das areias coloridas, com mais de dez tons naturais adornando seus belos
cartões postais, como as praias do Morro Branco, das Fontes e Barra da
Sucatinga. No litoral beberibense não existe monotonia, pois as cores alegram e
chamam para a felicidade.
A arte da
silicografia é antiga. É típica do Oriente Médio e se encontra em pleno
desenvolvimento nas praias da Costa Leste cearense. Para alguns profissionais, a arte das areias
coloridas recebe dois outros nomes: "cericografia" (a impressão de imagens no
interior de recipientes de vidro transparente, que tem como corruptela “siricografia”),
e arenogravura, termo criado por um grupo de artesãos a partir das palavras
“arenosa” e “gravura”, visando melhor denominar a sua arte (¹).
As “garrafinhas de
areia colorida” parecem mostrar um outro mundo. Algo como o Parque
Geológico Nacional Zhangye Danxia, na China (²) (³). Alguns alegam que a arte das areias
coloridas ressurgiu na praia de Majorlândia, em Aracati/CE, e daí se expandiu
para outras localidades costeiras do Nordeste brasileiro. Seja como for,
em Beberibe a arte das areias coloridas encontrou mãos amantes nos artesãos que
fazem o pó ganhar belas e fascinantes formas.
Geoparque Nacional Zhangye Danxia, China.
O motivo do encanto
da silicografia está exposto nas cores quentes do labirinto das falésias do
Morro Branco. Camada sobre camada, uma gradação se revela nos paredões do
labirinto. Tantas nuances, somadas à habilidade do artesão, fazem das praias de
Beberibe a Meca da arte com areias coloridas. Seja esta arte denominada
silicografia, cericografia ou arenogravura a beleza é a mesma, sempre.
terça-feira, 3 de março de 2015
SME BEBERIBE: FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROGRAMA BRASIL ALFABETIZAD...
SME BEBERIBE: FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROGRAMA BRASIL ALFABETIZAD...: Na última sexta - feira de fevereiro aconteceu no Centro de Treinamento Bom Jardim, a primeira formação do Programa Brasil Alfab...
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
VENHAM VER, O SHOW VAI ACABAR...
VENHAM VER, O SHOW VAI
ACABAR...
Governar o Brasil deve ser o maior dilema de todo aquele que se propõe ser presidente. Primeiro, porque ninguém governa sozinho; segundo, no Brasil o personalismo supera o partido político.

O momento que o Brasil vive é histórico tanto quanto é encruzilhada. Sou professor de história e posso afirmar que sala de aula e vida se encaixam perfeitamente, pois é nela, na sala de aula, que o presente e o passado são apresentados como o teatro da vida.
E é verdade. A sala
de aula é um teatro de onde vemos o grande palco do mundo, onde tudo é encenado.
Acredito que o maior dilema que temos em relação ao teatro do mundo é não
sabermos o que se passa nos seus bastidores. Sim, porque é lá, por trás das
cortinas, que a verdadeira trama da vida acontece, com seus dramas, suas
comédias, suas farsas e tudo o mais.
E olhando essa esquete teatral política que estamos
vivenciando, dá para imaginar muita coisa que um dia será história. Mas sempre tem
algo que não dá para mascarar, esconder, e quanto mais se enfeita, mas feio
fica. Dou um exemplo a partir de uma manchete do jornal Folha de São Paulo, um
dos mais importantes do Brasil, publicada no dia 29/09/2014: “Bolsa cai 4% com
melhora de Dilma nas pesquisas; dólar sobe mais de 1%”. ( CLIQUE AQUI E LEIA! ).
A primeira coisa que se percebe é que a continuidade de
Dilma parece afetar a economia – eu disse pa-re-ce. Mas, afeta QUEM,
primeiramente. É aqui, a partir deste ponto, que podemos perceber que a
política acontece nos bastidores e não nos palanques. Alguém, isto é, alguns,
realmente estão sendo afetados pelo governo que aí está. Se é ligado a
economia, penso logo nos banqueiros... Interessante, pois deviam agradecer aos governos Lula-Dilma o "ressurgimento" de uma classe média com certo poder de compra para movimentar o comércio. Embora alguém diga que é um mito, essa "nova classe" média é real nos centros comerciais, shoppings e outros centros de consumo espalhados pelo Brasil a fora. ( CLIQUE AQUI E LEIA! ).
E qual o interesse dos principais veículos de comunicação em
bateram tanto nessa tecla, o medo da continuidade? São os bastidores, e se nem
tudo é conhecido, muito é suspeitado. Tem um texto que parece responder
parcialmente – ou totalmente – esta questão, cujo título é “Melancólico fim da
revista “Veja”, de Mino a Barbosa”. ( CLIQUE AQUI E LEIA! )
Como funcionário público e trabalhador sindicalizado, tenho
bastante consciência do meu voto e nenhum discurso “salvador da pátria” me
engabela ou vai esconder da minha percepção as mazelas da “proposta” de governo
que resolvi apoiar. Agora, incomoda essa ladainha de cada eleição, esse coro
orquestrado pelos que detém a maior fatia da economia brasileira. São
poderosos, e usam seu poder para dirigir o Brasil ao seu bel-prazer... ( CLIQUE AQUI E LEIA! )
A fórmula certa para governar o Brasil ainda está em
formação. Somos um país jovem com uma democracia que acabou de nascer, talvez
por isso ainda tão falha nalguns aspectos. Mas algo deve ser sempre lembrado:
há um grupo riquíssimo – vamos chamá-lo de “elite” – que tem usufruído do Brasil,
do seu povo e das suas riquezas e, dentro desse grupo, tem aqueles que de fato fazem
a política acontecer através do poder econômico.
Governar o Brasil deve ser o maior dilema de todo aquele que
se propõe ser presidente. Primeiro, porque ninguém governa sozinho; segundo, no
Brasil o personalismo supera o partido político, e isso facilita e dificulta muita coisa
– quase nada de ideologias e excesso de fisiologismo. Então, aqui, governar é
muito “jogo de cintura” para fazer a coisa (pública) andar. ( CLIQUE AQUI E LEIA! )
O problema é o preço do “jogo de cintura”! O primeiro aliado
de qualquer governo é o Legislativo. No caso que trato, é o Congresso Nacional.
E ali, acredito, tem muito lobo e bode se passando por ovelha! É dentro do Congresso
Nacional, junto aos líderes de partidos e bancadas, que ocorrerão as peripécias
que hão de definir a governabilidade do país.
Também é no Congresso que a “elite” faz o seu peso ser
sentido através dos seus deputados e senadores. Isso mesmo, a tal “elite” citada
adora fazer investimento financeiro bem rentável. E para que coisa mais
rentável do que um político defendendo os seus interesses? E aí começa o jogo
de cintura que é governar o Brasil.
Por isso eu temo pacotes mirabolantes e propostas
miraculosas, que talvez possam ser cumpridas, mas a qual custo, jeitinho ou “jogo
de cintura”, como certa proposta de um "certo" candidato – ele propõe pagarpara o jovem que voltar a
estudar”. ( CLIQUE AQUI E LEIA! ).
Pode-se dizer que nesta eleição a “elite” tem dois
representantes bem produzidos e maquiados. Um, saindo da maravilhosa terra das
Minas Gerais – estado a quem o Brasil deve momentos históricos grandiosos e
personagens marcantes – é legítimo produto da “elite” (produzido pega melhor),
e traz no discurso aquilo que a “elite” quer que seja ouvido.
A outra representante – é uma mulher – recebeu a maquiagem
perfeita dos banqueiros descontentes e da mídia ressabiada. Nada contra seu
currículo de vida, a não ser ela ter jogado fora toda uma história de superação
e ação política, satisfazendo o tal grupo – isto é, a “elite” – que a preparou
como a surpresa que vai dar certo. De fato, caso venha a ser eleita, seu
governo jamais será “meio-termo”: ou será a maior surpresa ou a maior decepção.
Daí sua campanha estar “embiocando” no quesito credibilidade...
No mais, amigos meus, digo que votem. Vão às urnas. É um
exercício que nos permite esta nossa democracia-criança, ainda tão serelepe,
tão antagônica em si mesma e ao um só tempo intensa e desconhecida para uma boa
parte dos brasileiros. Vale a pena votar por ela, pela democracia. É o melhor resposta
ao ostracismo que a ditadura civil-militar quis dar à voz do povo.
Cada campanha é um show. Caso tenha dúvidas, procure
assistir o horário eleitoral. A festa está chegando ao fim. O mais sério começa
agora. E seja qual for o seu voto, eu digo: Venha ver, o show vai acabar, mas
vamos lembrar a eles que a plateia é quem aplaude e diz se a peça deve
continuar. Boas eleições para você! E, antes que alguém pergunte, eu voto em Dilma por uma opção pessoal e consciente.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
O QUE A JUVENTUDE QUER.
O QUE A JUVENTUDE QUER.
Onésimo Remígio
Quem já não ouviu, ou disse, frases como estas: “a
mocidade hoje não quer nada”, “a juventude de hoje está perdida”, “no meu tempo
era diferente”. Criou-se com isso um estereótipo, anacrônico e preconceituoso, sobre
as crianças e adolescentes de hoje. E sempre tem sido assim: uma geração
espelha-se em si mesma para avaloar e questionar os valores atuais de outra. E
isto é estereótipo, um clichê usado de modo uniforme a todos os indivíduos de
uma sociedade ou grupo, apesar das suas diferenças; é um anacronismo, pois
atribui aos dias atuais um sentimento e costume que são de outra época; é
preconceituoso, pois é um rótulo, um juízo de valor formado antecipadamente e
sem fundamento sério.
As pessoas “esquecem” com facilidade que a História é a
justaposição e intersecção de gerações, culturas e sociedades. Quem sempre acha
que o passado do Brasil é melhor que o presente, com certeza esqueceu as
melhorias de hoje e os dissabores de antes. Quer exemplo? Acessibilidade à
educação: antes a escola pública era um privilégio de poucos e, se havia uma
melhor qualidade, tinha também um funil que limitava a ascensão social da
maioria através do estudo. Para muitos, o grande nó da educação nos dias atuais
é a qualidade, mas convém lembrar que para avaliar a qualidade do ensino e da
aprendizagem nas escolas brasileiras vários processos e contextos devem ser listados,
desde a municipalização dos anos 90 até o arbítrio imposto pelas avaliações
externas.
Uma
geração que tudo quer, desprotegida...
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Talvez a juventude de hoje não queira nada porque ela quer tudo mais intensamente e rápido que
as gerações anteriores, além de viver suas relações e emoções com mais
liberdade e conhecimento. E quanto a esta geração de rapazes e moças dos anos
80 e 90 encontrar-se perdida, ela está tão perdida quanto aquela dos hippies, do rock-and-roll e da resistência armada à ditadura civil-militar, a
geração que os antecede e que moldou o mundo em que vivemos. Como ela pode
estar perdida tendo acesso a tanta informação, a tanto controle, a tantos meios
e possibilidades?


Questões
sociais e preconceitos.
Na maioria das vezes, os rótulos que são apresentados
sobre a juventude esconde as questões sociais que geraram os problemas em que a
mesma vive. Um triste exemplo é como as diferentes mídias tratam os jovens
infratores: o alvo é o Estatuto da Criança e do Adolescente, isso por conta dos
diversos “crimes perpetrados por adolescentes”. Crimes devem ser punidos
conforme a legislação vigente ou que se criem ou mudem as leis existentes para
resolver a discussão em torno do jovem infrator. Mas o que merece mais atenção
são as questões sociais que geram e reproduzem a violência.
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Os medos e a dura realidade.
Ela diz que “ao preconceito e à discriminação de
classe, gênero e cor adiciona-se ainda o preconceito e a discriminação por endereço” – mais um adicional para a prática do
bullying, tão recorrente nas escolas, locais de trabalho e entre certos grupos
sociais. Continuando, explica que isso ocorre “porque pelo Brasil afora há
favelas, conjuntos habitacionais, periferias que expõem particularmente os
jovens à violência e à corrupção dos traficantes e da polícia. Apenas por morar
nessas áreas pobres e violentas, os jovens tornam-se suspeitos e criminosos em
potencial”.
A história parece ter flashbacks que dão ideia de repetição, de déjà vu, aquela sensação de ter visto ou vivido alguma coisa
anteriormente. Pois a história tem dessas armadilhas, e elas são significantes. Quando
se estuda a História do Brasil e se fala da Primeira República, também chamada
de Oligárquica ou Velha, tem um movimento que bateu de frente com padrões e
valores da sociedade paulistana daquela época: a Semana de Arte Moderna, que preconizava,
pelos anos à fora, um vendaval de mudanças na cultura, nas artes e no modo do
brasileiro ver o Brasil e o mundo. Pode-se concluir que o movimento modernista
brasileiro, um tanto tardio, balançou os alicerces da sociedade a partir do
momento que se tornou iconoclasta dos “valores culturais” então vigentes. Era
um pensamento novo, com muitos jovens, produzindo alterações. O tempo força
mudanças, sempre, mesmo que venham a parecer retrocessos, pois o ser humano é tão
mutável quanto o caminho das águas, o rio: a água continua em substância a
mesma, mas o leito por onde escorreu jamais tornará ao que era antes, mesmo
continuando terra, pedregulhos, argila.
O que a juventude quer, no resumo, é respeito,
seriedade, oportunidade, vez, voz e tudo o mais que as gerações anteriores
queriam. Muito das artes que produzem e se envolvem tem engajamento social ou
político, tem conotação do seu cotidiano e é algo importante na estrutura de
construção de novos espaços pessoais e sociais. Essas artes, seja grafite,
pintura, dança, moda, letra de música, teatro, são como marcos, como estamentos
que estão revolucionando as culturas, as sociedades, a civilização.
Junte-se a isso a internet, o uso e o acesso às várias
mídias e tecnologias da informação. Embora não seja unanimidade tal pensamento,
nunca houve tantos autores e consumidores da palavra escrita como hoje, e isso
graças às redes sociais. Não entrando no mérito do “internetês” usado, a
juventude está ligada, criando, digitando, reproduzindo, expressando opiniões,
reinventando os idiomas e estilos, abrindo novos meios de pertencimento. E com
isso, também as ilhas periféricas e rurais serão alcançadas, envolvidas pelas
mudanças que esta juventude de hoje traz. Apenas seguem os passos de muitos
outros que a antecedeu. E, talvez, o que a juventude hoje realmente queira é viver
o seu tempo, mesmo que isso implique cometer erros, desbravar novas
oportunidades, impor novos conceitos e envelhecer de um jeito mais jovem de
ser.
CURTA O CD "DESORIENTADO" (download), DO GRUPO DE RAP ORIENTE - Texto (reportagem) sobre o grupo Oriente e espaço para vaixar o Cd.
Segundo a cientista social Regina Novaes (NOVAES,
2005), a geração jovem atual tem três características: o medo de morrer, referindo-se ao alto número de jovens vítimas da
violência letal, principalmente a população jovem negra e masculina; o medo de sobrar, por causa dos índices de
exclusão social e econômica a que os jovens se encontram submetidos em nossa
sociedade, em especial no que tange à questão do desemprego e à marginalização
social; e o medo de ficar desconectado,
referindo-se ao risco de não pertencimento aos grupos sociais nos quais convive”.
Segundo ela, em entrevista ao blogue Acesso (www.blogacesso.com.br), as
demandas das juventude são diversificadas “já que entre eles há diferenças e
desigualdades sociais”. Ela informa que os “jovens do campo sofrem as maiores
dificuldades para ter acesso à educação e ao lazer. Entre os mais pobres, os
negros e as mulheres, estão as maiores ameaças do desemprego. Dentre os jovens
negros do sexo masculino destacam-se os índices de mortes violentas. Jovens
homossexuais sofrem preconceito e discriminação. Jovens portadores de
deficiências veem bloqueados seus acessos à cidadania”.
Para a Regina Novaes, “a juventude brasileira espelha a
sociedade brasileira e, em tempos de globalização, é afetada por rápidas
mudanças tecnológicas, pelo sentimento de insegurança e pela dificuldade de
projetar o futuro”. Essa dura realidade não poupa ninguém, “todos – dos mais
ricos aos mais pobres, no campo e na cidade – são atingidos pela dinâmica do
mundo do trabalho restritivo e mutante. Além disso – paradoxalmente –, em um
mundo em que a ciência avança e proporciona maior expectativa de vida, todos
experimentam o medo da morte precoce e violenta...”.
O que
a juventude deseja...


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CURTA O CD "DESORIENTADO" (download), DO GRUPO DE RAP ORIENTE - Texto (reportagem) sobre o grupo Oriente e espaço para vaixar o Cd.
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