A REALIDADE É UM QUEBRA-CABEÇA UM POUCO MAIOR...

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Blogue de assuntos variados: sociedade, cultura, história, atualidades...

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

QUANTO CUSTA UM DEPUTADO ESTADUAL?

Os deputados estaduais são os representantes do povo nas Assembleias Legislativas e, por isso, responsáveis pelas leis que regem o funcionamento das unidades federativas no Brasil. Geralmente, os deputados estaduais recebem menos visibilidade do que outros cargos parlamentares, mas não ficam atrás no que se refere a benefícios: somando-se ao salário diversos auxílios e bonificações, este parlamentar muitas vezes chega a ganhar mais do que um deputado federal.
Quer entender melhor estes benefícios e saber quanto ganha um deputado estadual? O Politize! te explica tudo. Para isso, utilizamos dados informados em relatório da Transparência Brasil, publicado em 2015.

De acordo com o artigo 27 da Constituição Federal, os deputados estaduais recebem o equivalente a 75% do salário dos deputados federais. Atualmente, esse valor equivale a R$ 25,3 mil. Do total de unidades federativas no Brasil, em 25 delas os deputados recebem o teto salarial. As exceções são o estado de Rondônia, onde um deputado ganha R$ 25.275, e o Distrito Federal, onde o salário é de R$ 25.200. Saiba quanto custa um deputado estadual brasileiro:

domingo, 14 de janeiro de 2018

GOBEKLI TEPE: O TEMPLO MAIS ANTIGO DO PLANETA?


"Os templos de idade da pedra que se aglomeram em uma colina perto de Sanliurfa na Turquia estão causando uma tempestade. Não é comum encontrar algo que derrube tudo o que sabemos, mas Gobekli Tepe é um verdadeiro mistério. Arqueologia e história estão sendo reescritas. Não que você saiba sobre isso. As descobertas não foram suprimidas, elas simplesmente não são relatadas - muito".

"Os templos foram construídos em torno de 10.000 aC usando apenas ferramentas de pederneira. Os pilares em forma de T levam até 18 pés de altura, e muitos são esculpidos com belas representações de animais e símbolos abstratos. Cada templo tem dois grandes pilares em forma de T que se colocam lado a lado no centro, e estes têm esculturas antropomórficas de mãos, bem como o que parece um cinto e fivela(...)".  Jessica Davidson
       

MEGACURIOSO - Os amantes de arqueologia sagrada, assim como inúmeros especialistas mundo afora, têm o costume de estudar mistérios relacionados a diversos locais situados no Planeta Azul, principalmente no Velho Continente — a Grande Pirâmide do Egito e as famosas pedras de Stonehenge, por exemplo. Com isso, alguns lugares inusitados estão sendo descobertos constantemente nos últimos anos, fazendo com que novos enigmas surjam a cada investigação arqueológica, como Gobekli Tepe, na Turquia — região em que os sumérios predominavam.
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Em um pico nas Montanhas Taurus, situado ao norte da fronteira com a Síria, perto da antiga cidade de Sanliurfa, foi descoberto o mais antigo complexo de templos de pedra no mundo, em que algumas estruturas foram datadas de até 9000 a.C.

Para você ter ideia, o sítio arqueológico é composto por uma série de anéis de enormes pilares em forma de T que pesam, em média, de 10 a 20 toneladas — alguns chegam até 50 toneladas — e medem três metros de altura (um deles possui nove metros, mas está inacabado), com alguns animais esculpidos em alto relevo (não tradicionais da região), hieróglifos bizarros e indecifráveis até o momento, assim como formas geométricas bem variadas. Todos estes pilares estão ligados por paredes — grosseiramente construídas —, formando estruturas ovais. Confira algumas fotos:


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O mistério em si...

Gobekli Tepe tem a construção muito sofisticada em alguns aspectos para sua época, principalmente quando se compara este a outros sítios famosos no globo, como a Grande Pirâmide de Gizé, as estátuas da Ilha de Páscoa, as inusitadas pedras em Stonehenge, entre outros menos “badalados” por turistas mundo afora. Hoje em dia, o local é considerado o primeiro grande monumento arquitetônico da humanidade.

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Além disso, algumas pesquisas mostraram que o local está alinhado com algumas constelações, como Taurus, Orion e Plêiades — como é que eles tinham noção exata disso há 11000 anos? Outra curiosidade é o fato de que os construtores enterravam o círculo de pedras propositadamente depois de algum tempo e abriam outro igual ou bastante similar um pouco mais adiante, enterrando de novo depois de certa época e assim por diante.
De acordo com os especialistas de plantão, existem 20 a 40 templos circulares em volta de Gobekli Tepe, em que o mais antigo é o que possui melhor condição em termos de arquitetura. Ou seja, se você parar para raciocinar sobre isso, parece que os construtores foram perdendo a habilidade de construção ao longo das eras, não é verdade?
Com a palavra, o professor Klaus Schmidt, arqueólogo responsável pelas escavações e pesquisas disse sobre esse mistério: “Descobrir que meros caçadores, pescadores e coletores de frutos foram capazes de construir Gobekli Tepe é como descobrir que alguém havia construído um avião 747 com um estilete” — praticamente um MacGyver das construções.

A religião entra em jogo


Embora a dedução de que os pilares em forma de T que apoiavam um telhado e as pequenas estruturas internas no local deste remetessem a uma espécie de centro para cultos para um grande número de possíveis fiéis, há muito mistério no ar e inúmeras perguntas que ainda estão sem respostas plausíveis, pois apenas 25% do local foi escavado até agora — um verdadeiro quebra cabeça para nós, reles mortais.
Caso você não saiba, até hoje se acreditava que a religião surgiu apenas com o início da agricultura e consequentemente no comecinho das sociedades mais complexas. Contudo, esse não é o caso de Gobekli Tepe, pois ninguém encontrou vestígios de uma possível organização de agricultores ou de alguma forma de organização social, despertando mais ainda a curiosidade de muita gente do ramo.
O que nos resta é encarnar o detetive Sherlock Holmes e deduzir que havia alguma predominância de necessidade emocional, interna e comum aos habitantes do lugar, de reverenciar deuses e idolatrar certas forças que os governavam.

Gobekli Tepe e a Ilha de Páscoa

Assim como acontece com os ilustres e inexplicáveis Moais na Ilha de Páscoa (situada na Polinésia Oriental a cerca de 3,7 mil quilômetros da costa do Chile), algumas pedras em forma de T que estão em Gobekli Tepe representam exatamente seres da mesma forma que estão representados nas estátuas gigantes da famosa ilha, com as mãos finas e alongadas, posicionadas em cima do umbigo.
Porém, a distância de um lugar para o outro é de aproximadamente 14000 Km. Com isso, a seguinte dúvida surge na mente: que relação tinham esses povos entre si há tanto tempo?

Perguntas sem respostas

De acordo com os arqueólogos de plantão, nessa época os homens ainda eram nômades ou caçadores, e a agricultura ainda dava seus primeiros passos no planeta Terra. Então, de onde veio a tecnologia das construções? Onde os caras arrumaram mão de obra especializada para construir todo o complexo? Como sustentaram os operários e onde os abrigaram? Como eles poderiam ter conhecimentos exatos e extremamente avançados de astronomia, arquitetura e matemática? Pois é, ninguém sabe ainda.

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Por fim, vale lembrar que, assim como outras civilizações avançadas ao longo da História, os habitantes de Gobekli Tepe também desapareceram misteriosamente.





sábado, 13 de janeiro de 2018

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

O ISLÃ E SUAS DIVISÕES

O debate sobre a sucessão de Maomé, que começou com a sua morte, em 632, fez surgirem divisões entre os muçulmanos. Os xiitas e os sunitas são os dois principais grupos. (FONTE: Folha de São Paulo)

O Islã e suas divisões

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

DOS RÉIS AO REAL: O QUE É INFLAÇÃO E PORQUE O BRASIL MUDOU TANTO DE MOEDA

Por que o Brasil trocou tanto de moeda, se países como Estados Unidos e Grã-Bretanha (onde fica a Inglaterra) continuam firmes há séculos com seus dólares e libras?


infográfico sobre as moedas que o Brasil já teve

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

O HOMEM E AS PIRÂMIDES

A pirâmide fascina e cria lendas desde a mais remota antiguidade. Como um fenômeno histórico e mundial, as pirâmides acompanham os passos da humanidade há milênios.

O infográfico abaixo registra a humanidade e as pirâmides.

History

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O lado obscuro do ‘milagre econômico’ da ditadura: o boom da desigualdade

Mesmo com o forte crescimento e criação de empregos no período militar, os salários foram achatados e a distância entre ricos e pobres cresceu.


Fonte: El País

Inauguração da Ponte Rio-Niterói.

O Brasil polarizado tem reproduzido uma frase que estava na boca de alguns saudosistas de tempos em que notícias sobre violência e economia em marcha lenta pareciam raras. “Na época dos militares era melhor”, tornou-se bordão de quem viveu aqueles anos, e ignora a repressão e a presença de censores nos jornais da época para filtrar notícias negativas à ditadura.  A ideia ressurgiu inclusive entre jovens que se anunciam eleitores do pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro, por acreditar que no tempo do regime militar o Brasil era mais alentador do que os dias atuais. Bolsonaro alimenta essa ideia tecendo elogios ao período. Entre os argumentos mais utilizados pelo candidato e pelos defensores da intervenção para mostrar a eficácia do regime está a conquista do "milagre econômico", que ocorreu no Brasil entre 1968 e 1973. De fato, nesta época, o país conseguiu crescer exponencialmente, cerca de 10% ao ano, e atingiu, em 1973, uma marca recorde do Produto Interno Bruto (PIB), que aumentou 14%. O avanço veio acompanhado também de uma forte queda de inflação. A taxa, medida na época pelo Índice Geral de Preço (IGP), caiu de 25,5% para 15,6% no período.
O que não se explica diante desse número, entretanto, é o fato de o crescimento ter sido muito bom para empresários, e ruim para os trabalhadores. Para que o plano de crescimento funcionasse, os militares resolveram conter os salários, mudando a fórmula que previa o reajuste da remuneração pela inflação, o que levou a perdas reais para os trabalhadores. A adoção de uma medida tão impopular só foi possível através do aparato repressivo do regime sobre os sindicatos, que diminui o poder dos movimentos e de negociação dos operários. Os militares também interferiram em diversos sindicatos, muitas vezes substituindo seus dirigentes. “Foi um crescimento às custas dos trabalhadores”, explica Vinicius Müller, professor de história econômica do Insper. O arrocho salarial acabou aliviando os custos dos empresários e permitiu reduzir a inflação.
A melhora na atividade econômica se explicava, à época, por uma combinação de fatores. Uma conjuntura mundial mais favorável naqueles anos permitiu crédito externo farto e barato, por exemplo. O Brasil, por sua vez, criou regras que facilitaram a entrada de capital estrangeiro e investiu num programa de desenvolvimento do parque industrial além de reformas estruturais. O crescimento foi acompanhado pela abertura de novos postos de emprego no mercado formal e da expansão do consumo interno. Economistas ouvidos pelo EL PAÍS explicam que o milagre aconteceu principalmente regado a dinheiro internacional que aterrissou através da entrada de multinacionais que encontraram no Brasil um terreno propício para a expansão sob a tutela dos militares, e também por empréstimos advindos de fundos internacionais. Era um ambiente oposto ao do período anterior ao golpe de 1964, quando a grande convulsão política, em plena guerra fria, no país tornava o ambiente econômico incerto e afugentava o investidor.

Problemas sociais

Como a distribuição dos resultados do crescimento econômico foi bastante desigual, a concentração de renda também aumentou muito no período, especialmente entre a população que possuía um grau maior de instrução. Isso fez com que a desigualdade social conhecesse níveis nunca vistos antes. Em 1960, antes da ditadura, o índice de Gini, utilizado para medir a concentração de renda estava em 0,54 (o coeficiente de Gini vai de 0 a 1, quanto mais perto de 1, mais desigual) e pulou para 0,63 em 1977. Os economistas foram unânimes em dizer que os empresários e a classe média que possuía maior nível de instrução foram beneficiados em detrimento da parte mais pobre da população.
Os altos índices de crescimento do PIB vividos enquanto a ditadura esteve instalada no país também não foram acompanhados de uma melhora nos indicadores sociais. Foi exatamente o oposto do que aconteceu.
Além disso, como o governo militar fez uma escolha de investir maciçamente na industrialização, inclusive do campo, muitas pessoas decidiram abandonar o sertão com o sonho de tentar uma vida melhor na cidade, incentivando um êxodo rural sem planejamento e nunca revertido. Segundo o IBGE apenas 16% da população morava no interior do país em 2010.
O crescimento econômico durante a ditadura começou a ser alavancado durante o Governo de Castelo Branco, que adotou um ambicioso programa de reformas para equilibrar as contas públicas, controlar a inflação e desenvolver o mercado de créditos. Batizado de Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), ele foi responsável por reformas fiscais, tributárias e financeiras. Castello Branco implementou diversas medidas no sentido de incentivar um maior grau de abertura da economia brasileira ao comércio e ao movimento de capitais com o exterior. A partir de 1964, também foram introduzidos na legislação brasileira diversos mecanismos de incentivos às exportações.
Mas foi no Governo do general Emílio Garrastazu de Médici, sob o comando do então ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto, que o projeto econômico teve como princípio o crescimento rápido, com expressivo aumento da produção – com destaque para indústria automobilística- e grandes obras de infraestrutura. “O Governo apostou em grandes obras e investimento estimulando o setor privado e usando o crescimento como propaganda para legitimar o regime durante a época mais repressiva da ditadura. Era muito importante que ele tivesse apoio de uma parte da sociedade”, explica Muller.
Foi nessa época que nasceu o primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento (IPND). O plano investiu principalmente na construção de estradas e obras de infraestrutura, como por exemplo, a Ponte Rio-Niterói (começou em 1969 e foi inaugurada em 1974) e a nunca terminada rodovia Transamazônica.

Crise do petróleo

Na crista do ciclo do crescimento, a economia brasileira tão dependente de empréstimos estrangeiros, passou a enfrentar certa dificuldade quando uma forte crise econômica abalou o cenário internacional: o choque do petróleo. Conflitos entre países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) derrubaram a oferta do insumo entre 1973 e 1974, fazendo os preços quase quadruplicarem no período (o barril subiu de três dólares para11,60), afetando países importadores como o Brasil.
“Com a crise internacional de 1973, temos uma quebra deste modelo econômico baseado no alto endividamento externo e, com isso, a economia vai perdendo força”, afirma o historiador Pedro Henrique Pedreira Campos, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Como a estabilidade econômica era um argumento essencial para a manutenção do governo militar, os economistas que faziam parte do regime optaram por não abrir mão do modelo e decidiram que o país deveria continuar crescendo a qualquer custo, mesmo que continuasse se endividando cada vez mais.
Foi nesse contexto que surgiu o segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (IIPND), este ainda mais ousado que o primeiro, que investiu especialmente na criação e expansão de empresas estatais. A Petrobras ganhou subsidiárias, a usina hidrelétrica de Itaipu foi construída, mostrando o quanto a geração de energia era uma bandeira importante naquele momento em que o Brasil ainda não tinha uma matriz energética estabelecida e necessitava da importação desse bem.
Muller destaca que “os militares tinham planejamento a longo prazo” e que a ideia inicial era de que o país ficasse independente da importação de energia e começasse a gerar renda com a sua produção própria, essa renda seria utilizada para saldar a dívida externa. O plano deles, entretanto, não contava com a retração das maiores economias que, em determinado momento, chegaram para cobrar a fatura. A crise se prolongou mais do que o Governo imaginava.
Mas a conta do crescimento desenfreado baseado em um alto grau de endividamento ficou para a redemocratização. Ao deixarem o poder em 1984, a dívida representava 54% do PIB segundo o Banco Central, quase quatro vezes maior do que na época que eles tomaram o poder em 1964, quando o valor da dívida era de 15,7% do PIB. A inflação, por sua vez, chegou a 223%, em 1985. Quatro anos depois, o país ainda não tinha conseguido se recuperar e ostentava um índice de inflação de 1782%. No jargão econômico, costuma-se dizer que os militares deixaram uma “herança maldita”.
“Embora o regime tenha aparelhado muito bem grande parte do nosso parque industrial, melhorado em aspectos técnicos e tecnológicos a infraestrutura, quando veio a conta, a conta veio muito alta”, explica Guilherme Grandi, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA/USP)”

Os militares e a corrupção

Outra percepção recorrente é a de que no período da ditadura não havia corrupção. “Vários estudos já comprovaram que existia corrupção e era mais fácil que esses malfeitos ocorressem porque não havia investigação”, ressalta Grandi. Segundo ele, a relação promíscua entre interesses privados e órgãos públicos foi aprimorada nesse período.
Pedreira Campos é autor do livro Estranhas Catedrais: as empreiteiras brasileiras e a ditadura civil-militar, 1964-1988 que analisa mais profundamente essa relação. “Houve vários casos de corrupção na ditadura, principalmente no período da abertura envolvendo agentes do estado que foram acusados de se apropriar de recursos públicos”.
A ausência de notícias sobre corrupção no período tem também outra explicação. O Brasil viveu sob um regime de censura que foi estabelecida nos meios de comunicação que estavam orientados a publicar notícias que fossem favoráveis ao governo. E é por conta dessa propensão a maquiar a realidade que notícias denunciando escândalos de corrupção não estampavam a manchete dos jornais. “Um cenário como esse é ideal para a prática da corrupção, os indícios indicam que havia mais corrupção naquele período”, completa Pedreira Campos.



segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

HITLER VIVO E NA AMÉRICA DO SUL?

Documentos secretos que foram recentemente desclassificados pela CIA vêm reforçar a ideia de que Hitler pode não se ter suicidado num bunker, em 1945, mas que pode ter sobrevivido à II Guerra Mundial.

Este documento ultra-secreto, divulgado pelo site Sputnik News, data de 1955 e foi enviado por um operacional na Venezuela ao chefe da Divisão do Hemisfério Ocidental da CIA. O memorando apontava a dica de um informante que garantia que Hitler tinha sobrevivido à guerra e que estava a viver escondido na América do Sul.

Esse informante era Phillip Citroen, um antigo soldado das SS, a polícia paramilitar nazi, que alegava que mantinha contatos regulares com Hitler e que este estaria a viver sob o nome de Adolph Schuttlemayer na Colômbia.

Intitulado “Operational: Adolf Hitler”, o documento inclui também uma foto em que Phillip Citroen afirmava que surgia ao lado de Hitler, cerca de dez anos depois do suicídio que constitui a teoria oficial sobre o destino do ditador, pouco antes do término da II Guerra Mundial.

Outro documento da CIA reporta-se a uma informação divulgada pelo mesmo Phillip Citroen um ano antes, ou seja, em 1954, onde o informador dizia ter visto um “indivíduo com fortes semelhanças e que alegava ser Hitler”.

“Citroen alega ter conhecido o indivíduo num local chamado ‘Residencias Coloniales’ em Tunja, Colômbia, que, segundo a fonte, está excessivamente povoado com ex-nazis que seguem este alegado Adolf Hitler com a mesma idolatria do passado Nazi, chamando-o de ‘Fuhrer’ e concedendo-lhe a saudação nazi”, aponta o memorando da CIA.

A informação foi classificada como de “potencial interesse”, mas a CIA não procedeu a qualquer investigação no sentido de apurar se seria verdadeira ou não.

O chefe da Divisão do Hemisfério Ocidental da CIA respondeu ao operacional na Venezuela que o melhor era desistir do assunto porque sentia que “poderiam ser gastos enormes esforços” sem obter resultados concretos, cita a Sputnik.

As alegações do informador apontam que Hitler terá trocado a Colômbia pela Argentina em 1955.

Recentemente, um documentário do Canal História divulgou documentos secretos que atestam que Hitler pode ter encenado o seu suicídio e fugido para a Argentina.

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Uma outra investigação realizada por um jornalista brasileiro chegou a duas testemunhas que garantem que Hitler só morreu em 1971 e que foi enterrado no Paraguai, em 1973.

Fonte - SV, ZAP

domingo, 7 de janeiro de 2018

1968, O ANO SEM FIM


O ano de 1968



POR EMERSON SANTIAGO

        





A década de 60 do século XX é considerada como um período de transformações sociais e políticas, uma época de contestação, que partia em geral da parcela jovem de várias nações, entre estas, algumas das mais importantes economias mundiais. Em meio a toda a onda de mudanças do período destaca-se o ano de 1968, marcado pela rebeldia dos estudantes na Europa e nos Estados Unidos, e que teve reflexo também na juventude brasileira.

As convenções sociais mudavam rapidamente: a cultura jovem se tornava preponderante, capitaneada pelos heróis da música rock, que por sua vez eram inspirados pela música dos negros norte-americanos. O próprio negro, aliás, repensava o seu espaço na sociedade dos EUA, graças ao movimento dos direitos civis e a independência da maioria dos países africanos; homossexuais e mulheres também começavam a se organizar por uma maior aceitação; a minissaia escandalizava os setores mais conservadores; a cultura hippie emergia como um desdobramento moderno do movimento beatnik; nos países escandinavos, pela primeira vez eram produzidos filmes e revistas de sexo explícito, e as drogaseram seriamente discutidas como um veículo para atingir novas dimensões psíquicas.

Nos EUA, os estudantes ocupavam os campi de universidades como Berkeley, na Califórnia, além das ruas de cidades como Washington, Nova York e São Francisco, protestando contra o conservadorismo na política interna, as justificativas para a sangrenta guerra travada no distante Vietnã, além dos assassinatos de duas figuras progressistas importantes, o prêmio Nobel e defensor dos direitos civis, pastor Martin Luther King e o candidato democrata à presidência dos EUA e irmão do falecido presidente Kennedy, Robert.

Na França, o movimento ficou conhecido como Maio de 1968 e começou com a exigência de dormitório misto nas universidades, acabando por se tornar um grande protesto que enfraqueceria o governo conservador do general Charles de Gaulle.

No Leste europeu, a Checoslováquia parecia se desgarrar da dominação soviética, com sua liderança progressista. Moscou logo reagiria, enviando seus tanques, como fizera 12 anos antes na Hungria, suprimindo o movimento de abertura que ia tomando corpo. A Primavera de Praga foi outro movimento de rebeldia importante daquele ano, preconizando a queda do sistema socialista na Europa em 1989.

No Brasil, os protestos começam com a morte do estudante Edson Luís, assassinado pela Polícia Militar do Rio. Em resposta, é organizada a Passeata dos Cem Mil, contra a repressão que crescia quatro anos depois do golpe militar de 1964. Descontentes com os rumos do regime militar, as revoltas populares arquitetadas pelos estudantes tomavam as ruas, e ao mesmo tempo, a “revolução armada” ganhava corpo entre os jovens rebeldes.

Há uma dificuldade em interpretar os acontecimentos daquele ano, tanto pela múltipla potencialidade do movimento quanto pela ambiguidade do seu resultado final. A mistura de festa saturnal romana com combates de rua entre estudantes, operários e policiais, fez com que alguns o vissem como “uma revolta comunitária” enquanto que para outros era “a reivindicação de um novo individualismo”. O próprio filósofo Jean-Paul Sartre, testemunha ocular dos acontecimentos confessou, dois anos depois, que “ainda estava pensando no que havia acontecido e que não tinha compreendido tudo muito bem...".


Bibliografia:
SCHILLING, Voltaire. 1968 - A Revolução Inesperada. Disponível em: < http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/1968.htm >. Acesso: 07/04/13.
1968 - O ano das transformações. Disponível em: < http://www.tribunacampineira.com.br/cultura/291-1968-o-ano-das-transformacoes >. Acesso: 07/04/13.

sábado, 6 de janeiro de 2018

UMA CIVILIZAÇÃO MAIS ANTIGA QUE EGITO E MESOPOTÂMIA?

De acordo com o Serviço Arqueológico da Índia, a cultura do Vale do Indo nasceu em 6.000 a.C., 2.000 anos antes do que se acreditava.

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A história da Índia é mais antiga do que o o antigo Egito e a Mesopotâmia. A pesquisa mais recente colocou as origens da cultura do Vale do Indo em 6.000 a.C., ou seja, mais de 2.000 anos antes do que se pensava anteriormente.

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A descoberta foi anunciada pelo Serviço Arqueológico da Índia (ASI) durante o Congresso Internacional Harappa de Arqueologia, realizado recentemente em Chandigarh, na Índia.

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À falta de fontes escritas - a cultura do Vale do Indo é considerada um período pré-histórico - o conhecimento vem exclusivamente através da arqueologia. Desenvolveu-se no noroeste do subcontinente indiano (principalmente na Índia atual e no Paquistão), ao longo do Vale do Indo, em uma terra fértil irrigada pelo rio Indus e seus afluentes.

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Abrangeu uma centena de assentamentos e duas cidades importantes: Harappa e Mohenjo-Daro. No início da década de 1920, durante as escavações em sítios arqueológicos, essa civilização era considerada quase tão antiga quanto a egípcia e a mesopotâmica.

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"Os resultados preliminares de informações obtidas a partir de locais antigos do subcontinente indiano, indicam que a civilização indiana apareceu no oitavo milênio a.C., na área de Ghaggar-Hakra e Baluchistan [entre Índia e Paquistão]", explicaram os pesquisadores do projeto, B.R. Mani, co-diretor da ASI, e K.N. Dikshit, antigo codiretor A-SI.

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As escavações foram realizadas em dois sítios arqueológicos do Paquistão e em Bhirrana, Kunal, Rakhigarhi e Baror, na Índia.

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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

AMAZÔNIA LEGAL, UMA INTRODUÇÃO



Quando se fala da floresta como fornecedor de commodities, muita gente não enxerga a dimensão do lucro que a mesma proporciona.

O excelente infográfico acima nos dá uma pálida ideia de porque é mais interessante manter uma floresta em pé do que alagar a área para hidrelétricas de grande porte, desmatar para pecuária ou monocultura e até pelo avanço da urbanização.
Alguns pontos do infográfico são inaceitáveis, como mortes encomendadas, prostituição, garimpos e tráfico de animais, mas tente enxergar o todo e entender de uma vez por todas porque todo ecossistema tem que ser preservado ao máximo.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

A PRIMEIRA CIDADE DO MUNDO.

Çatal Hüyük, cujo nome original é Çatalhüyük, foi uma pequena vila (hoje considerada a primeira cidade do mundo), descoberta no final da década de 1950, na Península da Anatólia, na Turquia.

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Localizada às margens de um rio, Çatal Hüyük que não possuía ruas entre as casas. Essas casas eram construídas umas ligadas as outras, com os tetos fazendo vez de "ruas" ou praças públicas.

Entravam nas casas por escadas no teto (logicamente não havia portas), e seus mercados eram em cima de suas habitações. Essa disposição aumentava a segurança nos tempos neolíticos.

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As suas escavações começaram um pouco mais tarde, em 1961. A partir daí, a cidade rapidamente ficou famosa devido a vários motivos: sua grandeza; densidade de ocupação do solo; população existente – cerca de 6.000 pessoas, muito para época; às pinturas existentes nas paredes; e, às várias formas de arte encontradas dentro das casas.

Quando falamos das cidades como as mais antigas do mundo, falamos do período Neolítico, mais concretamente entre os anos 9.000 e 7.000 a.C., momento histórico em que se deu a passagem das sociedades de caçadores-re/coletores para sociedades sedentárias e agrícolas.

A cultura dos seus moradores nos é desconhecida por conta da sua antiguidade e porque as várias evidências e vestígios desta cidade foram soterrados propositadamente. Mas, importa estudarmos as origens das cidades e o desenvolvimento urbano ao longo dos tempos junto com a evolução das sociedades e das relações sociais.

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Pelas escavações feitas, pode-se saber que eles tinham um deus que se assemelha a um touro e tinham a crença de uma deusa-mãe (existem vestígios de estátuas destas deusas). Eles praticavam o pastoreio (ovelhas, bois, vacas, carneiros etc.) e a agricultura.

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Foi com o Neolítico que surgiram alguns processos como a sedentarização dos povos, a domesticação de plantas e animais e a invenção da cerâmica.

O que torna Çatal Hüyük interessante é o fato de há 7.000 anos antes de Cristo ter existido uma cidade com cerca de 6.000 habitantes – cidade que se formou, provavelmente, devido a crenças religiosas e não à necessidade de sobrevivência.

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Çatal Hüyük não era circundada por muralha, o que indica um carácter pacífico da população que aí habitava. Toda a cidade era constituída por espaços domésticos, habitações, não se tendo encontrado qualquer vestígio de um edifício dedicado a usos públicos.

Há somente indício de uma praça pública, que possivelmente serviria de mercado e vários pequenos átrios que serviriam para depositar lixos. A cidade possuía sistemas de escoamento de esgoto e canalização da água da chuva, o que lhe confere um cariz extremamente avançado em termos tecnológicos e culturais.

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Não tinha quaisquer ruas ou caminhos, por isso as comunicações faziam-se pelos terraços das casas, por cima das habitações, provavelmente como forma de proteção contra os animais selvagens. Dada a inexistência de portas viradas para o exterior, o acesso às habitações efetuava-se também pelo telhado, por uma escada de madeira junto à parede.

As casas eram contíguas umas às outras - dada a inexistência de ruas - retangulares, com cerca de 25 metros quadrados cada, construídas em adobe e madeira. Possuíam algumas divisões, tendo áreas separadas para cozinhar e dormir. As paredes internas tinham pinturas – cenas de caça, vulcões em erupção – e crânios de touros pregados.

Estes lugares, agora chamados santuários, e as muitas evidências do enterro de entres queridos sob o piso das casas, mas também a descoberta de figuras representando animais e mulheres, levam a crer que o povo de Çatal Hüyük era extremamente ritualizado.

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No seu complexo sistema de crenças, a mulher e o touro parecem ocupar um lugar central. Provavelmente, Çatal Hüyük organizava-se tendo o Feminino, a Mãe, como o centro dos seus padrões sociais, mas não sendo submetida à sua força. Era uma estrutura horizontal, como revela a sua arquitetura, e não hierárquica piramidal.

Algumas reconstruções do espaço urbano de Çatal Hüyük fornecem também um conjunto de informações valiosas acerca da divisão social e espacial do trabalho: à criação de gado e ao trabalho agrícola vem associar-se uma mão de obra composta por um grande número de artistas, artesãos e comerciantes.

De particular relevância para a história deste espaço urbano foi a descoberta de um mural encontrado num dos santuários da cidade, representando a paisagem urbana de Çatal Huyuk. O mural revela com grande detalhe uma panorâmica da cidade e constitui o primeiro afresco do gênero na história da humanidade.

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Atualmente, as recreações das casas e alguns artefactos podem ser encontrados no Museu Hittite em Ankara, a capital da Turquia.

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Hoje as escavações continuam, contribuindo para aumentar a compreensão dos padrões sociais da população desta cidade. Çatal Hüyük representa uma mudança radical e revolucionária no desenvolvimento social e espacial das sociedades humanas. E, tal como Jericó, outra cidade multimilenar, permite a exploração dos primórdios do desenvolvimento urbano e da cultura urbana como um novo modo de vida até então desconhecido.



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